

Após ser pego em flagrante com maços de dinheiro oriundo de emendas parlamentares, como revelado com exclusividade pela Crusoé, Josimar do Maranhãozinho (PL-MA) admitiu a aliados que deve desistir da candidatura ao governo do estado. Ele tem alegado “falta de apoio político”.
Conforme apurou O Antagonista, o parlamentar foi avisado de que não terá o apoio de Jair Bolsonaro para encabeçar uma disputa majoritária no estado. Na semana passada, em reunião no Palácio do Planalto, aliados de Bolsonaro alertaram o presidente de que ele pode sofrer um desgaste desnecessário, caso tenha seu nome vinculado à candidatura de Maranhãozinho.
Além disso, as principais lideranças do estado, como o governador Flávio Dino (PSB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), querem distância do parlamentar.
Por esses fatores, a avaliação dos correligionários de Maranhãozinho é a de que ele concorrerá à reeleição, justamente para manter o foro privilegiado.
“Ele sabe que, se concorrer ao governo, possivelmente perderá. Se insistir, sairá do Congresso para Pedrinhas [unidade prisional de São Luís, na capital do estado]”, disse a O Antagonista um aliado do parlamentar.
O presídio maranhense é considerado um dos mais perigosos do país. A unidade prisional é conhecida nacionalmente por episódios de decapitação de detentos.
Como revelou a Crusoé, a PF imputou a Maranhãozinho os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, pelo desvio de recursos de emendas parlamentares.