Julio Croda, da Fiocruz: Coronavac não é para 3ª dose Julio Croda, da Fiocruz: Coronavac não é para 3ª dose
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04.09.2021

Julio Croda, da Fiocruz: Coronavac não é para 3ª dose

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), diz que o Ministério da Saúde está certo em não aplicar a Coronavac como dose de reforço. Na quinta-feira da semana passada (26), o ministério emitiu nota técnica em que decide pela...

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), diz que o Ministério da Saúde está certo em não aplicar a Coronavac como dose de reforço.

Na quinta-feira da semana passada (26), o ministério emitiu nota técnica em que decide pela aplicação de uma 3ª dose de vacina nos maiores de 70 anos a partir de 15 de setembro. Essa dose de reforço deverá ser “preferencialmente” com a vacina da Pfizer, sendo os imunizantes da AstraZeneca e Janssen aceitos como alternativas. A Coronavac está excluída.

“Todas as sociedades científicas se manifestaram e apoiam a nota técnica do ministério”, disse Croda, em entrevista a O Antagonista.

“Do ponto de vista cientifico, não há dúvida que uma 3ª dose com esquema heterólogo [ou seja, combinando vacinas de marcas diferentes] seria a melhor alternativa”. Croda destacou que a maior parte dos idosos no Brasil foi vacinada com a Coronavac.

Pesquisas da Fiocruz – que envasa a vacina da AstraZeneca no Brasil –  mostram uma efetividade menor da Coronavac nos mais idosos. Um estudo preliminar, ainda não revisado por outros cientistas, recomendou uma dose de reforço nos maiores de 80 anos vacinados com Coronavac e nos maiores de 90 anos vacinados com AstraZeneca.

No Chile, os maiores de 55 anos que receberam Coronavac estão recebendo como dose de reforço a vacina da AstraZeneca, ou a da Pfizer no caso dos imunocomprometidos.

“A gente tem todas as criticas ao Ministério da Saúde na condução da pandemia”, disse Croda. “Na compra de vacina em tempo oportuno. Se a gente tivesse vacina, a gente não estaria discutindo quem priorizar nesse momento, né – se adolescentes ou [com dose de reforço] idosos. Mas nessa questão específica a nota técnica é clara, tem boas referências (…) é o que deveria ser feito”.

Na entrevista, Croda comentou também a insistência do governo Doria em aplicar a Coronavac como dose de reforço, explicou o que falta para vacinas contra Covid serem aprovadas para crianças, e avaliou o orçamento menor do governo Bolsonaro para compra de vacinas em 2022.

Assista:

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O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), diz que o Ministério da Saúde está certo em não aplicar a Coronavac como dose de reforço. Na quinta-feira da semana passada (26), o ministério emitiu nota técnica em que decide pela...

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), diz que o Ministério da Saúde está certo em não aplicar a Coronavac como dose de reforço.

Na quinta-feira da semana passada (26), o ministério emitiu nota técnica em que decide pela aplicação de uma 3ª dose de vacina nos maiores de 70 anos a partir de 15 de setembro. Essa dose de reforço deverá ser “preferencialmente” com a vacina da Pfizer, sendo os imunizantes da AstraZeneca e Janssen aceitos como alternativas. A Coronavac está excluída.

“Todas as sociedades científicas se manifestaram e apoiam a nota técnica do ministério”, disse Croda, em entrevista a O Antagonista.

“Do ponto de vista cientifico, não há dúvida que uma 3ª dose com esquema heterólogo [ou seja, combinando vacinas de marcas diferentes] seria a melhor alternativa”. Croda destacou que a maior parte dos idosos no Brasil foi vacinada com a Coronavac.

Pesquisas da Fiocruz – que envasa a vacina da AstraZeneca no Brasil –  mostram uma efetividade menor da Coronavac nos mais idosos. Um estudo preliminar, ainda não revisado por outros cientistas, recomendou uma dose de reforço nos maiores de 80 anos vacinados com Coronavac e nos maiores de 90 anos vacinados com AstraZeneca.

No Chile, os maiores de 55 anos que receberam Coronavac estão recebendo como dose de reforço a vacina da AstraZeneca, ou a da Pfizer no caso dos imunocomprometidos.

“A gente tem todas as criticas ao Ministério da Saúde na condução da pandemia”, disse Croda. “Na compra de vacina em tempo oportuno. Se a gente tivesse vacina, a gente não estaria discutindo quem priorizar nesse momento, né – se adolescentes ou [com dose de reforço] idosos. Mas nessa questão específica a nota técnica é clara, tem boas referências (…) é o que deveria ser feito”.

Na entrevista, Croda comentou também a insistência do governo Doria em aplicar a Coronavac como dose de reforço, explicou o que falta para vacinas contra Covid serem aprovadas para crianças, e avaliou o orçamento menor do governo Bolsonaro para compra de vacinas em 2022.

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