

Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é o atual presidente do Senado Federal. Ele foi eleito para o cargo com apoio de Jair Bolsonaro, do PT e do Centrão.
O senador é advogado criminalista de formação, já atuou em casos ligados ao mensalão e ocupou o posto de conselheiro da OAB.
Pacheco entrou para a política em 2014, como deputado federal, e foi eleito senador em 2018. Chegou à presidência do Senado em 2021.
Pacheco é integrante do comitê de crise criado pelo governo, em março de 2021, para conter o agravamento da pandemia de Covid-19. Ele vem se negando a dar andamento ao pedido de CPI para investigar os crimes cometidos pelo governo em meio à crise sanitária, mas foi obrigado a fazê-lo por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, que foi provocado por uma ação movida pelos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru.
Formação e carreira como advogado

O senador se formou em direito na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em 2000, e se especializou em direito penal econômico pelo Instituto Brasileiro de Ciências Econômicas Criminais (IBCCRIM). Pacheco atuou como criminalista.
Como advogado, o atual senador participou do grupo que defendeu dirigentes do Banco Rural no escândalo do mensalão.
Pacheco foi defensor dativo da Justiça Federal, membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado de Minas Gerais e auditor do Tribunal de Justiça Desportiva.
O criminalista foi conselheiro seccional da OAB por dois mandatos e presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados. Em 2012, foi eleito Conselheiro Federal da OAB por Minas Gerais, o mais jovem a ocupar o cargo.
Carreira Política

Na Câmara, coordenou a bancada do MDB na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), tornou-se o primeiro vice-presidente do colegiado e, em 2017, presidente. No posto, Pacheco votou propostas como a Reforma Trabalhista e validou as assinaturas das “Dez Medidas contra a Corrupção”. O então deputado articulou para que as duas denúncias contra Michel Temer por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da justiça fossem rejeitadas ou arquivadas.
Ainda em 2016, Pacheco votou pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff. No mesmo ano, o então deputado disputou a Prefeitura de Belo Horizonte, ficando em terceiro lugar, com 118.772 votos.
Em 2018, Pacheco deixou o MDB e se filiou ao DEM, como pré-candidato ao governo de Minas Gerais. No meio do caminho, a candidatura foi abortada e ele se candidatou ao Senado.
Pacheco foi eleito na primeira colocação com mais de 3,6 milhões de votos, deixando de fora candidatos como a ex-presidente Dilma Rousseff.
Atuação no setor de transporte rodoviário

O senador indicou um assessor do próprio gabinete para dirigir a agência, responsável por fiscalizar suas empresas. O escolhido, Arnaldo Silva Júnior, é ex-deputado e dirigente do DEM, não tem experiência na área e é condenado por improbidade administrativa.
Atuação como presidente do Senado

Desde que assumiu, Pacheco vinha sendo pressionado pelos parlamentares a dar andamento ao pedido de instauração da CPI, que tem o objetivo de investigar os crimes cometidos pelo governo federal durante a pandemia. O presidente do Senado ignorou a solicitação, até que o ministro do STF Luís Roberto Barroso ordenou a instalação da comissão parlamentar de inquérito, em liminar concedida numa ação movida pelos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru.
Em março de 2021, Pacheco passou a integrar o comitê da Covid-19, criado tardiamente pelo governo para buscar conter o agravamento da disseminação do coronavírus pelo país.
Histórico:

2000 – Rodrigo se forma em Direito na PUC Minas.
2009 – Pacheco se filia ao então PMDB.
2012 – Pacheco é eleito conselheiro federal da OAB em 2012.
2014 – Pacheco é eleito deputado federal por Minas Gerais.
2016 – O parlamentar disputa a Prefeitura de Belo Horizonte e fica em terceiro lugar.
2018 – O deputado deixa o MDB e ingressa no DEM para disputar uma vaga no Senado. Pacheco derrota candidatos como Dilma Roussef e é eleito senador por Minas Gerais.
2020 – STF veta a possibilidade de reeleição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Bloco ligado ao senador procuram um nome para substituí-lo.
2021 – Rodrigo Pacheco surge como o candidato de Jair Bolsonaro, do PT e do Centrão. Ele derrota Simone Tebet sem grandes dificuldades e é eleito presidente do Senado.
Senadores protocolam pedido de CPI da Covid-19, com objetivo de investigar os crimes cometidos pelo governo federal em meio à pandemia. Pacheco não dá andamento.
Em meio ao agravamento da pandemia, o governo cria um comitê de combate à Covid-19, coordenado por Rodrigo Pacheco.