Desde que os preços dos combustíveis ficaram incontroláveis, Jair Bolsonaro assumiu a postura de oposição à Petrobras, escamoteando a própria responsabilidade sobre a condução da companhia, cujo sócio majoritário é a União.

Ele pediu a demissão de José Mauro Coelho, indicado ao comando da estatal pelo próprio governo há dois meses e cobrou a abertura de uma CPI para investigar a atual diretoria, além dos conselheiros.

Ao mesmo tempo em que tenta intervir na política de preços, seus ministros atravessam a pauta da privatização, o que significaria não ter qualquer capacidade para intervir na política de preços.

E ainda estimula os caminhoneiros à paralisação, o que precipitaria o colapso econômico às vésperas da eleição, que, ao bolsonarismo, parece perdida.

Tudo isso soa contraditório, mas é suco de bolsonarismo. Seu mandato é repleto de exemplos semelhantes, como vimos no combate à corrupção e à pandemia de Covid. Não há novidade no horizonte, apenas incompetência e covardia.