A aprovação do nome de André Mendonça para o Supremo não será rápida nem barata. O Antagonista apurou que os caciques do Centrão se animaram com Ciro Nogueira na Casa Civil e querem aumentar a fatura.

A velha demanda pela recriação do Ministério do Planejamento voltou à pauta das conversas com o Palácio do Planalto, embora Paulo Guedes resista à iniciativa.

O PL, de Valdemar Costa Neto, também pressiona por mais espaço, depois de emplacar Flávia Arruda na Secretaria de Governo.

Um dos ministérios cogitados é o Turismo, hoje capitaneado pelo sanfoneiro bolsonarista Gilson Machado, que deve antecipar para outubro sua desincompatibilização para concorrer nas eleições de 2022.

Davi Alcolumbre (DEM), por sua vez, está magoado com o Palácio do Planalto e cobra a promessa de substituir Rogério Marinho no Ministério do Desenvolvimento Regional. Sem nova sinalização de Bolsonaro, o senador não deve pautar tão cedo a análise do nome de Mendonça na CCJ.

Davi conta com o apoio de Rodrigo Pacheco, que não está satisfeito com o novo protagonismo do Centrão no Senado e deve aproveitar para polarizar com Bolsonaro, de olho na candidatura de terceira via à Presidência. Caberá a ele, finalmente, pautar no plenário a indicação do AGU para o Supremo.