Estatal russa responsável por fornecer gás natural à Europa, a Gazprom cortou na metade do fornecimento via seu principal gasoduto, o Nord Stream 1, que cruza o Mar Báltico e chega ao continente pela Alemanha.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pela Gascade, operadora alemã do gasoduto.

A Gazprom havia anunciado o corte na segunda-feira (27), alegando que o motivo era o desligamento de uma turbina para reparos.

No mesmo dia, porém, o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck disse que “não há razão técnica para uma redução nas entregas”.

A Alemanha é um dos países da União Europeia mais dependentes do gás russo. Segundo dados mais recentes do Agência de Cooperação de Reguladores de Energia do bloco, quase 50% das importações de gás natural no país vêm da Rússia.

Até então, o Nord Stream 1 estava operando em 40% de sua capacidade, após cortes impostos por Moscou em reação às sanções ocidentais pela invasão da Ucrânia.

Agora, o gasoduto opera em apenas 20%.

Segundo dados da JPMorgan e da Economist datados de 2021, antes da invasão de fevereiro, o Nord Stream 1 era o gasoduto russo que mais fornecia gás à Europa, com 55 bilhões de metros cúbicos por ano.

Dentre os outros quatro, o mais próximo era aquele que atravessa a Ucrânia, com 40 bilhões de metros cúbicos por ano.

Na terça-feira (27), em resposta ao anúncio do corte, os países da União Europeia chegaram a um acordo para diminuir o consumo de gás natural em 15% entre agosto a março.