Os efeitos da invasão da Ucrânia agora são globais Os efeitos da invasão da Ucrânia agora são globais
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Os efeitos da invasão da Ucrânia agora são globais

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Carlos Graieb
3 minutos de leitura 08.03.2022 12:04 comentários
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Os efeitos da invasão da Ucrânia agora são globais

O anúncio de que os Estados Unidos vão interromper a importação de petróleo da Rússia, e a perspectiva de que ao menos alguns países da Europa façam o mesmo, deixou ainda mais estressado um mercado que já estava com os nervos à flor da pele [...] 

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Carlos Graieb
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Os efeitos da invasão da Ucrânia agora são globais
Reprodução/Casa Branca/YouTube

O anúncio de que os Estados Unidos vão interromper a importação de petróleo da Rússia, e a perspectiva de que ao menos alguns países da Europa façam o mesmo, deixou ainda mais estressado um mercado que já estava com os nervos à flor da pele. 

Nesta segunda (7), a mera possibilidade de que o embargo fosse implementado levou a grandes oscilações nos preços internacionais do barril de petróleo, que chegou a ser cotado a quase 140 dólares. Agora, diversos analistas acreditam que a cotação pode chegar a 185 dólares, ou mesmo 200 dólares, até o final do ano. 

A redução das vendas de petróleo pode ser arrasadora para a Rússia. Essas vendas correspondem a cerca de um terço das receitas do país. O dinheiro das petrolíferas alimenta a indústria militar da Rússia. Vladimir Putin, além disso, consolidou seu poder loteando os principais cargos dessas empresas entre militares, ex-agentes da KGB e políticos. 

Mas o aumento no preço dos combustíveis também impõe um desafio aos governantes dos países que se opõem a Putin. Esse é o caso especialmente nos Estados Unidos, onde a gasolina, nos últimos dias, teve o maior aumento em 14 anos, e deve alcançar um recorde histórico. O presidente americano Joe Biden (foto) prometeu fazer de tudo para “reduzir a dor dos americanos na bomba de combustível”

Para tentar compensar os efeitos do embargo à Rússia, a diplomacia americana buscou caminhos inusitados: a retomada das negociações com Irã, em torno de seu programa nuclear, e a redução das sanções aplicadas há anos à Venezuela do ditador Nicolás Maduro. Os dois países têm grandes reservas de petróleo.

Não será fácil, no entanto, ocupar o espaço da Rússia, segunda maior exportadora da commoditie depois da Arábia Saudita. Aumentos de produção não acontecem da noite para o dia. Segundo a revista “The Economist”, os sauditas levariam vários meses para ampliar sua produção em um milhão de barris por dia. Todos os outros países países da Opep, juntos, talvez conseguissem ofertar outros dois milhões de barris por dia ao mercado. O Irã, no entanto,  não conseguiria se mover antes de um ano

A escalada dos preços dos combustíveis não vai cessar rapidamente. Seus efeitos serão sentidos em todos os setores da economia, pressionando a inflação ao redor do mundo. A partir de agora, os impactos globais da invasão da Ucrânia se aceleram e isso deve pôr à prova a determinação dos países do Ocidente.

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Carlos Graieb

Carlos Graieb é jornalista formado em Direito, editor sênior do portal O Antagonista e da revista Crusoé. Atuou em veículos como Estadão e Veja. Foi secretário de comunicação do Estado de São Paulo (2017-2018). Cursa a pós-graduação em Filosofia do Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

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