Em pouco mais de 25 minutos de entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desenhou um panorama sobre as linhas gerais do novo marco fiscal e, aparentemente, desfez a primeira impressão ruim do novo conjunto de regras. Depois dele, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, também fez um apanhado de frases de efeito enaltecendo o arcabouço.

Durante a fala, Haddad condicionou boa parte do sucesso do plano a uma suposta ampliação da base tributária, com revisão de desonerações e inclusão de agentes econômicos que atualmente são isentos, mas insistiu que não haverá criação de novos impostos ou alteração nas alíquotas atuais dos tributos.

A conversa parece ter soado bem aos ouvidos do mercado financeiro, porque as taxas futuras de juros para todos os vencimento voltaram a ceder. Os rendimentos dos contratos de DI registraram altas logo após a divulgação da apresentação de Power Point preparada (e não usada pelo ministro) na coletiva. O dólar, que também tinha invertido a trajetória, voltou a acompanhar a perda de força da moeda norte-americana no exterior. Às 12h16, o dólar caía 0,25% contra o real, a R$ 5,12.

A expectativa agora fica por conta da apresentação dos secretários do Ministério da Fazenda, que devem esclarecer os detalhes da proposta.

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