O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, parece estar sentindo a pressão do cargo e demonstrou irritação ao ser questionado sobre a proposta discutida com o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, de uma moeda para o Mercosul.

Na saída da cerimônia de posse da ministra do Planejamento, Simone Tebet, o titular da Fazenda foi interpelado por jornalistas que acompanhavam o evento. Um dos repórteres então se dirigiu ao ministro para saber um pouco mais sobre “essa moeda única do Mercosul”. Irritado, Haddad limitou-se a dizer que “não existe moeda única, não existe essa proposta, vai se informar melhor”.

O que o ministro queria dizer é que a “história” é sobre a criação de uma moeda comum e não única para o Mercosul. A diferença? Para os mais técnicos, a moeda única substituiria aquelas dos países do bloco, como é o caso do euro para os europeus, enquanto a moeda comum seria apenas uma referência para as trocas comerciais entre as nações do bloco sul-americano. Essa última, que é a proposta do embaixador argentino, manteria o real brasileiro e as outras moedas das nações do bloco sem nenhuma alteração.

De qualquer forma, a confusão do jornalista irritou a autoridade da Fazenda, ou seria só uma forma de revidar pelo destaque da imprensa ao pequeno equívoco de Haddad ao confundir CVM (Comissão de Valores Mobiliários) com CMN (Conselho Monetário Nacional)?