

Sergio Moro não tem chance contra Jair Bolsonaro, segundo “assessores palacianos” ouvidos pela Folha de S. Paulo.
Para não deixar a menor dúvida sobre o assunto, a reportagem repete os mesmos argumentos por 32 parágrafos. O jornal só não diz se os tais “assessores palacianos” foram investigados ou não pela Lava Jato, como Ciro Nogueira, por exemplo.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Esses aliados ressaltam que Moro deve ter pouco espaço para crescer. O principal argumento é que o ex-juiz dificilmente conseguirá construir uma aliança partidária com congressistas e prefeitos que lhe dê sustentação para avançar na disputa.
Uma das consequências, dizem assessores palacianos, é que Moro não deve ter acesso a um tempo de televisão competitivo (…).
A demissão de Moro não rachou o bolsonarismo e, dizem interlocutores do presidente, não teria como arrematar parcela considerável de apoiadores em 2022 — o que é visto como outra razão para a descrença de que uma eventual candidatura do ex-aliado possa ameaçar a de Bolsonaro”.
O que o eleitorado vai fazer ou deixar de fazer no ano que vem é uma questão que, neste momento, me interessa relativamente pouco. O que de fato me interessa é a campanha em si, durante a qual Sergio Moro poderá expor um monte de farsantes, não apenas na política e nos tribunais superiores, mas também na imprensa.
Como eu disse na Crusoé, ele nem precisou fazer nada para isso: bastou desembarcar no Brasil. O desespero que sua candidatura provocou em assessores palacianos, em assessores de criminosos e em assessores de imprensa é a prova de que eu tenho razão.
Sergio Moro entrou no jogo seis dias atrás. Mas já valeu a pena.