O vereador Cláudio da Drogaria Duarte, do PSL de Belo Horizonte, teve o mandato cassado pelos colegas na quinta (1º). Ele é acusado de embolsar R$ 1 milhão com a prática de ‘rachadinha’, quando o parlamentar fica com parte do salário dos assessores (normalmente, a maior parte).

A decisão foi unânime: 37 dos 39 vereadores presentes votaram pela cassação. Não podiam votar a presidente da casa, Nely Aquino, e o próprio Duarte.

O vereador Cláudio da Drogaria Duarte, do PSL de Belo Horizonte, teve o mandato cassado pelos colegas na quinta (1º). Ele é acusado de embolsar R$ 1 milhão com a prática de ‘rachadinha’, quando o parlamentar fica com parte do salário dos assessores (normalmente, a maior parte).

A decisão foi unânime: 37 dos 39 vereadores presentes votaram pela cassação. Não podiam votar a presidente da casa, Nely Aquino, e o próprio Duarte.

Antes do resultado, porém, alguns vereadores indicavam votação no sentido contrário. Alertavam aos colegas de que a decisão poderia abrir precedente para que outros também fossem derrubados depois. Nunca antes um parlamentar belo-horizontino havia sido cassado, e, uma vez que a porteira fosse aberta, não haveria como fechá-la.

Um desses recados veio do vereador Wellington Magalhães (DC). De tornozeleira eletrônica, disse a Mateus Simões (Novo), relator da cassação de Duarte, que ele vai ganhar “um troféu”, e acrescentou: “no fim de tudo, o senhor vai ver”.

O próprio Magalhães também é alvo de um processo de cassação, protocolado por Simões.

Gilson Reis (PCdoB) aproveitou a oportunidade para criticar o impeachment de Dilma e a imprensa. Pediu uma “contra-ofensiva” contra quem “joga lama” na política. E afirmou que a cassação de Duarte seria sua “pena de morte” política. Como votou a favor, entende-se que ele também foi carrasco.

Pedro Bueno (Podemos) afirmou que Duarte estava diante de um “tribunal político” e que sua cassação abriria precedente “para que muitas outras condutas sejam questionadas”.

A vereadora Cida Falabella (PSOL), obviamente, também disse temer que a medida contra Duarte abra caminho para futuras cassações por motivos políticos.

Como se pode ver, a cassação de um parlamentar do PSL por rachadinha pode ter muitos desdobramentos profiláticos.