"Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos?", diz Luxemburgo sobre veto ao Senado "Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos?", diz Luxemburgo sobre veto ao Senado
O Antagonista

“Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos?”, diz Luxemburgo sobre veto ao Senado

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Claudio Dantas
5 minutos de leitura 05.08.2022 17:47 comentários
Brasil

“Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos?”, diz Luxemburgo sobre veto ao Senado

Vanderlei Luxemburgo (foto) caiu atirando. Ao ter sua candidatura ao Senado pelo Tocantins barrada pelo PSB, o ex-técnico disse que foi apunhalado pelas costas e chamou os colegas de "traidores" os colegas de partido. Em carta aberta, disse que "não houve diálogo, houve pressão"...

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Claudio Dantas
5 minutos de leitura 05.08.2022 17:47 comentários 0
“Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos?”, diz Luxemburgo sobre veto ao Senado
Foto: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS

Vanderlei Luxemburgo (foto) caiu atirando. Ao ter sua candidatura ao Senado pelo Tocantins barrada pelo PSB, o ex-técnico disse que foi apunhalado pelas costas e chamou os colegas de “traidores” os colegas de partido.

Em carta aberta, disse que “não houve diálogo, houve pressão”.

“Durante as últimas semanas fui instigado a declinar da candidatura, mudar para deputado federal e inclusive, abrir mão do fundo eleitoral. Não fui convidado a participar dos diálogos e fui isolado pela presidência. Como complemento à postura ditatorial, vimos a mudança de delegados nas últimas horas e o impedimento do uso da fala para defender a candidatura na convenção, num processo completamente antidemocratico.”

Luxemburgo afirmou ainda que pensou em processar o partido, “ao ser apunhalado pelas costas”. “Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos?”

Outro descartado pelo PSB foi Alessandro Molon, que deve insistir em sua candidatura ao Senado, mesmo sem apoio da legenda e fundo eleitoral.

Leia a íntegra abaixo:

“CARTA ABERTA AO POVO TOCANTINENSE

Caros amigos e amigas,

A maioria de vocês me conhece pela minha atuação como técnico de futebol, mas me permitam hoje contar um pouco da minha relação com esse estado que eu tanto amo.

Há 18 anos, vim ao Tocantins pela primeira vez. O encanto pelo seu povo e pela sua cultura foi imediato. Decidi investir e morar aqui com minha família, e de alguma forma contribuir com meu conhecimento a esta terra tão rica e cheia de oportunidades. Com a decisão de morar em Palmas, construí uma relação com a cidade e decidi contribuir de uma nova forma – através da política.

Uma das minhas grandes vontades é colaborar para tornar o Tocantins um ambiente propício ao empreendedorismo, e um estado que valorize a sua juventude, fortalecendo os jovens através do esporte e educação.

Recebi o convite para me filiar ao PSB e com a autorreforma do partido enxerguei um grupo que se preocupa com as mesmas questões que eu, e que foi capaz de olhar pra si e fazer as mudanças necessárias. Quando ingressei no partido, ouvi que eu podia “ser candidato ao que quisesse”, mas encontramos de forma coletiva o Senado como a alternativa, e como eu poderia contribuir com o partido e com o nosso estado.

Vale reforçar que a candidatura ao Senado teve o aval da presidência estadual, através de Carlos Amastha, e da nacional do partido, através de Carlos Siqueira, e com isso, passei a caminhar pelo Tocantins. Construí alianças e desenhei um projeto pautado pela renovação e inovação, e fui muito bem recebido por onde passei.

Nesses seis meses de caminhada, em nenhum momento eu fui convidado pelo PSB Tocantins para discutir qualquer mudança nas chapas majoritária ou proporcional. Eu confesso a vocês que não sei em que momento a minha candidatura ao Senado começou a ser descartada.

Estive em Brasília diversas vezes, com os presidentes nacional e estadual e tudo parecia certo para esse projeto que se tornou uma alternativa para a renovação da política tocantinense.

Quando a mudança começou a ser cogitada, não houve diálogo, houve pressão. Durante as últimas semanas fui instigado a declinar da candidatura, mudar para deputado federal e inclusive, abrir mão do fundo eleitoral. Não fui convidado a participar dos diálogos e fui isolado pela presidência. Como complemento à postura ditatorial, vimos a mudança de delegados nas últimas horas e o impedimento do uso da fala para defender a candidatura na convenção, num processo completamente antidemocratico.

Deixo bem claro a todos que não tenho apego ao cargo de senador. Não haveria nenhum problema em ser candidato a outra vaga, como deputado federal, por exemplo, caso houvesse uma construção coletiva para tal. A política se faz em conjunto e as atitudes do presidente do PSB Tocantins mancham a história do Partido Socialista Brasiliero com uma postura ditatorial e rasteira.

Num primeiro momento, ao ser apunhalado pelas costas, ameacei processar o partido. Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos? Mas, a essa altura, não vou atropelar a candidatura de companheiros com quem firmei compromissos e que já têm trabalho desenvolvido. Eu desejo aos companheiros do PSB o melhor: que mantenham os ideiais de trabalhar pelo povo do Tocantins.

Por fim, informo que não irei concorrer a qualquer cargo nessas eleições. Para mim é impensável permanecer aliançado com traidores. Continuarei investindo no Tocantins e trabalhando por esse estado que escolhi para viver. Saio desse processo com a certeza de que construí aliados, amigos e acima de tudo um projeto que já entrou pra história.”

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Claudio Dantas

Claudio Dantas é diretor-geral de Jornalismo de O Antagonista. Com mais de duas décadas cobrindo o poder, já atuou nas redações de EFE, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e IstoÉ. Ganhou os prêmios Esso, Embratel e Direitos Humanos. Está entre os jornalistas mais influentes do Twitter e venceu três vezes o iBest de melhor veículo de política.

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