Renúncia dos comandantes foi sinal também para os militares, diz professor Renúncia dos comandantes foi sinal também para os militares, diz professor
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Renúncia dos comandantes foi sinal também para os militares, diz professor

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2 minutos de leitura 30.03.2021 20:51 comentários
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Renúncia dos comandantes foi sinal também para os militares, diz professor

A renúncia conjunta dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica mandou um recado não apenas ao presidente Jair Bolsonaro e ao público, mas para os próprios militares. A avaliação é de Érico Duarte, professor de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)...

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Renúncia dos comandantes foi sinal também para os militares, diz professor
Foto: Marcos Corrêa/PR

A renúncia conjunta dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica mandou um recado não apenas ao presidente Jair Bolsonaro e ao público, mas para os próprios militares. A avaliação é de Érico Duarte, professor de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em entrevista a O Antagonista, Duarte disse que são necessários três pontos para compreender a renúncia dos comandantes.

Em primeiro lugar, “essa decisão não foi tempestiva”. Os comandantes tiveram tempo para refletir e consultar outros colegas do alto comando. “Eles tinham consciência do evento histórico que estavam marcando”, disse o professor.

O fato de que os três anunciaram a decisão ao mesmo tempo é também o que leva Duarte a crer que a decisão tenha partido deles. “Seria surpreendente se Bolsonaro tomasse a decisão corajosa de demitir os três comandantes”, disse.

Em segundo lugar, “essa renúncia não é só protesto em reação a Bolsonaro, mas à decisão dele de tirar não apenas o Azevedo, mas querer que outro general cumprisse a tarefa”.

O presidente poderia ter indicado um civil para substituir Azevedo. Criado em 1999, o Ministério da Defesa foi chefiado por um militar pela primeira vez em 2018, no governo Temer.

Para Duarte, com a escolha de outro general para o lugar de Azevedo, Bolsonaro “forçou a polarização entre as Forças Armadas e o governo”, já que ficou mais claro o contraste entre os militares que apoiam o presidente e os que não apoiam.

Finalmente, o professor entende que “a ação de protesto dos três comandantes é também em relação ao Braga Netto, que assumiu a posição [de novo ministro da Defesa]”.

A indicação de Braga Netto foi anunciada ontem (29). Para Duarte, ao renunciarem, os comandantes “protestaram contra o general que assumiu o lado do presidente”.

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