Procuradora que motivou demissão coletiva na Lava Jato em SP quis adiar operação contra Serra Procuradora que motivou demissão coletiva na Lava Jato em SP quis adiar operação contra Serra
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Procuradora que motivou demissão coletiva na Lava Jato em SP quis adiar operação contra Serra

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3 minutos de leitura 02.09.2020 23:45 comentários
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Procuradora que motivou demissão coletiva na Lava Jato em SP quis adiar operação contra Serra

Um dos motivos para a demissão coletiva de sete integrantes da Lava Jato de São Paulo, mais cedo, foi a tentativa da procuradora Viviane de Oliveira Martinez de adiar a Operação Revoada, deflagrada no dia 3 julho, contra o senador José Serra e sua filha Verônica Serra...

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Procuradora que motivou demissão coletiva na Lava Jato em SP quis adiar operação contra Serra
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Um dos motivos para a demissão coletiva de sete integrantes da Lava Jato de São Paulo, mais cedo, foi a tentativa da procuradora Viviane de Oliveira Martinez de adiar a Operação Revoada, deflagrada no dia 3 julho, contra o senador José Serra e sua filha Verônica Serra.

A investigação apontou esquema de lavagem de dinheiro em benefício do tucano. No mesmo dia, a força-tarefa apresentou denúncia contra Serra, acusando-o de, entre 2006 e 2007, valer-se do cargo governador de São Paulo e de sua influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul.

Num ofício enviado hoje a conselheiros do Ministério Público Federal, para justificar a demissão coletiva, os procuradores que deixaram hoje a força-tarefa afirmaram que Viviane Martinez pediu a eles, num e-mail no dia 12 de junho, que a operação fosse adiada.

Os procuradores informaram que ela “não apresentou qualquer razão jurídica”, mas apenas argumentou que o caso poderia ser retirado da Lava Jato de São Paulo caso fosse criada, em agosto, a Unidade Nacional Anticorrupção (Unac).

Ainda em fase de discussão no MPF, a proposta de criação da Unac juntaria todas as forças-tarefas do país numa estrutura centralizada sob o comando de um coordenador indicado pelo procurador-geral, Augusto Aras. A proposta, no entanto, sofre forte resistência no MPF.

“Em outras palavras, a Procuradora Viviane considerou razoável postergar por quase dois meses o protocolo de pedidos investigatórios pertinentes a uma operação de relevo (a maior até então planejada pela Força-Tarefa Lava Jato de São Paulo) , apenas na expectativa (de duvidosa concretude, considerando os próprios termos do Anteprojeto que trata da UNAC) de uma decisão da cúpula da instituição fazer com que este caso deixasse de ser de sua atribuição”, relataram os procuradores demissionários.

No ofício, eles relatam que passaram todo o primeiro semestre deste ano preparando a operação, com investigações e elaboração de pedidos de quebra de sigilo.

Dizem que, no e-mail em que pediu o adiamento da operação, Viviane não apresentava divergências quanto ao cabimento da investigação ou em relação à competência da força-tarefa para tocar a investigação.

Antes, a procuradora vinha questionando a distribuição dos casos para a Lava Jato de SP.

Os procuradores afirmam que “ficou a percepção de que a Procuradora Viviane, embora viesse sustentando, em mensagens e em ofícios perante o Procurador-Geral da República, supostos vícios de distribuição de novos feitos à Força-Tarefa, aduzindo uma falta de conexão com o 5º ofício, não parecia dedicada mesmo a casos que – como o que implicava o agente político José Serra – são de seu acervo”.

Eles dizem ter ficado “patente” que a procuradora queria “reduzir drasticamente seu acervo”, apontando supostas irregularidades na distribuição dos casos para a força-tarefa ou mesmo pedindo que novas investigações não fossem realizadas.

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