Presidente do PSDB cutuca Bolsonaro e rebate Guedes: "O ministro do 'semana que vem nós vamos'" Presidente do PSDB cutuca Bolsonaro e rebate Guedes: "O ministro do 'semana que vem nós vamos'"
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Presidente do PSDB cutuca Bolsonaro e rebate Guedes: “O ministro do ‘semana que vem nós vamos'”

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Redação O Antagonista
5 minutos de leitura 08.07.2020 13:19 comentários
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Presidente do PSDB cutuca Bolsonaro e rebate Guedes: “O ministro do ‘semana que vem nós vamos'”

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma longa "carta aberta ao ministro Paulo Guedes". "Parece coisa de gente que até agora não conseguiu ser parte relevante de um único momento memorável sequer da história do nosso país. Só isso, ou alguma absoluta amnésia, explica a tentativa do atual ocupante do ministério da Economia...

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Presidente do PSDB cutuca Bolsonaro e rebate Guedes: “O ministro do ‘semana que vem nós vamos'”
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma longa “carta aberta ao ministro Paulo Guedes”.

No último domingo, em entrevista à CNN Brasil, o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro disse que o Plano Real, elaborado pela equipe econômica então liderada por Fernando Henrique Cardoso no governo de Itamar Franco, não foi “tão extraordinário”. No dia 1º de Julho, o Real completou 26 anos.

“Isso é muito da mitologia brasileira. Teve um plano que foi o melhor do mundo… Não”, afirmou Guedes sobre o Real. “Se o plano fosse tão extraordinário, [os tucanos] não perdiam quatro eleições seguidas.”

O PSDB rebateu. “Parece coisa de gente que até agora não conseguiu ser parte relevante de um único momento memorável sequer da história do nosso país. Só isso, ou alguma absoluta amnésia, explica a tentativa do atual ocupante do ministério da Economia de tentar diminuir a relevância do Plano Real ou de outras conquistas econômicas e sociais promovidas pelo PSDB em seus governos”, afirmou Araújo na nota divulgada hoje.

“Melhor seria para o país se o ministro ocupasse seu tempo com uma agenda de realizações que busque cumprir o básico de quem está num governo: ajude a melhorar a vida das pessoas, ainda mais num momento tão difícil quanto o atual”, prossegue o dirigente tucano.

O presidente do PSDB, então, sobe o tom:

“Até agora, passados 18 meses, o ministro da Economia continua no vermelho, continua devendo. Até agora, Paulo Guedes foi apenas o ministro do ‘semana que vem nós vamos’, ministro de uma semana que nunca chega. Ficou sempre para ‘semana que vem’ a apresentação da reforma tributária, a proposta da reforma administrativa que combata privilégios, da privatização de estatais que só servem para sorver dinheiro público. Cadê o Brasil novo que o atual ministro tanto promete e nunca entrega?”

O presidente do PSDB afirma também que “mesmo antes da pandemia, o tão esperado crescimento econômico – aquele que Paulo Guedes vivia dizendo que ‘estava decolando’ – nunca ocorreu. Agora não passa de miragem, sabe-se lá para quando”.

Depois de elencar feitos atribuídos ao PSDB, Araújo cutuca Jair Bolsonaro:

“No período em que o PSDB fazia tudo isso, Jair Bolsonaro, o chefe do atual ministro, mantinha-se gostosamente abraçado ao Partido dos Trabalhadores na trincheira contra a modernização do país. Votava contra todas as reformas, contra o Plano Real, contra as privatizações e sempre pela manutenção e pela ampliação de privilégios e interesses corporativos. Talvez seja isso que explique a raiva que Paulo Guedes sente pelo PSDB.”

O tucano termina com perguntas:

“E Paulo Guedes, o que tem para mostrar? O que o atual ministro da Economia está esperando para começar a fazer alguma coisa pelo Brasil? Quando vai pelo menos indicar que sabe pelo menos como fazer? Vai trabalhar ou vai continuar na sanha inútil contra quem realmente realizou mudanças e promoveu benefícios para todos os brasileiros?”

As críticas de Guedes que tanto irritaram o PSDB não foram as primeiras do ministro da Economia ao partido. Em 2019, Guedes classificou os dois mandatos de FHC na Presidência como de esquerda e os colocou no mesmo balaio de Lula e Dilma Rousseff.

“O Brasil é uma baleia ferida. Aí eu vejo esses falsos antagonistas: ‘Estão esquecendo a população, só pensam na economia, não olham o social’. Você acha que o que eu estou fazendo na economia vai ferrar com o social? É o contrário. Vamos salvar o social. Em uma economia melhor, as pessoas têm dignidade. Nós demos o 13º do Bolsa Família. Foram 30 anos de centro-esquerda [no poder]. Dá para esperar quatro aninhos de um liberal-democrata? Se não melhorar, troca, sem intolerância. Mas deu três meses e já começaram: ‘Cadê o crescimento?’. Vamos ser razoáveis. Não é justo”, disse o ministro em entrevista à Folha.

Durante uma audiência no Senado, também no ano passado, Guedes foi interpelado pelo senador tucano Tasso Jereissati. “Queria entender melhor essa definição de esquerda de Pedro Malan, André Lara Rezende… Gustavo Franco, por exemplo, é um comunista perigoso”, ironizou o parlamentar.

“É o centro, é a social-democracia, o que não tivemos foi a liberal-democracia. Que nós não tivemos nem temos no momento, vamos tentar formar”, respondeu Guedes.

Ainda em 2019, o PSDB divulgou uma nota em que criticava Guedes e rebatia declarações do ministro — que culpava os tais “30 anos de social-democracia” no país pelos principais problemas econômicos.

Na época, um apresentação elaborada pela Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia pontava que os governos anteriores ao de Bolsonaro — incluindo os do PSDB — resultaram em dívida interna alta, baixa produtividade e resultados tímidos do PIB.

“Enquanto o PSDB era chamado de ‘neoliberal’, o presidente Bolsonaro votava com o PT contra o Plano Real, contra a reforma da Previdência, por mais privilégios aos setores corporativos, e defendia ditadura”, afirmou, na ocasião, Bruno Araújo.

Atualização feita em 08/07/2020, às 16h11.

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