Em seu discurso em sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) disse que o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), almejado por ele, é “um dos mais importantes na área pública”.

Com elogios ao TCU, o líder do governo Bolsonaro no Senado afirmou que “as possibilidades de uso incorreto de recursos públicos ampliam-se de modo gigantesco” e que “não basta ao gestor público usar corretamente as despesas, mas fazê-lo de forma eficaz”.

Bezerra (foto) também disse que o cargo de ministro do TCU “requer conhecimento técnico, experiência em gestão e, acima de tudo, sensibilidade para bem fiscalizar os usos do dinheiro público”, além de “capacidade de interlocução”.

O senador do MDB de Pernambuco pediu o apoio dos pares e afirmou que avalia reunir as condições necessárias para chegar ao TCU.

“Disponho de conhecimento suficiente para entender os desafios a que estão sujeitos os gestores. (…) Sei das dificuldades normativas enfrentadas pelos bons gestores para fazer o seu trabalho”, disse.

Ele acrescentou que “décadas de atividade política” e a experiência como gestor o qualificam para ser ministro do TCU.

Bezerra responde a seis processos na Justiça.

Além de Bezerra, Antonio Anastasia (PSD) e Kátia Abreu (PP) disputam a vaga ao TCU. Os três concluirão o mandato no Senado no ano que vem.

Trata-se da disputa mais acirrada no Senado para essa vaga dos últimos 13 anos. O escolhido ocupará o lugar de Raimundo Carreiro, que ganhou a embaixada do Brasil em Portugal em uma costura política para que Jair Bolsonaro tentasse ter mais um aliado no tribunal de contas.

Ministros do TCU têm cargo vitalício e se aposentam compulsoriamente aos 75 anos. O salário é de R$ 37.328,65,​ mais vários benefícios.

Durante o dia, os candidatos à vaga no TCU serão sabatinados na CAE. A votação no plenário do Senado está prevista para o fim de tarde desta terça-feira (13): ganha quem receber maioria simples dos votos. O voto é secreto.