O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pediu mais 30 dias para explicar as declarações de Damares Alves sobre a exploração sexual de menores na Ilha de Marajó. A senadora eleita pelo Distrito Federal apresentou o caso durante um culto realizado na cidade de Goiânia, no dia 8 de outubro.

Segundo a ex-ministra, ela teria imagens de crianças cruzando as fronteiras com os dentes arrancados “para não morderem na hora do sexo oral”.

Em ofício enviado a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do MPF, divulgado pelo G1, a pasta disse que registrou 5.440 notícias que indicam “possível ocorrência de estupro de crianças ou de tráfico de criança no estado do Pará”.

“Sem embargo, mas em razão do elevado número de registros encontrados e à vista da necessidade de tratamento dos dados para o fornecimento das informações solicitadas, respeitosamente solicito a prorrogação por 30 (trinta) dias do prazo inicialmente concedido, na medida em que os 3 (três) dias aprazados foram insuficientes para o volume e magnitude dos trabalhos a serem dispendidos”, disse o ofício.

Além do MPF no Pará, o Ministério Público estadual e a Polícia Civil também pediram provas sobre as declarações da ex-ministra ao Ministério.

O prazo inicial para apresentar as informações terminou na segunda-feira (17).