Com o PT tendo confirmado apoio a Rodrigo Pacheco (DEM), O Antagonista entrou em contato com Eduardo Braga, líder do MDB, e o questionou sobre a candidatura do partido para a presidência do Senado.

Ele disse que não existe a possibilidade de o MDB recuar da decisão de lançar um nome.

“O MDB terá candidatura. Amanhã vamos ter uma reunião pela manhã e outra à tarde. Esperamos poder até quarta-feira, no mais tardar, ter uma posição e anunciá-la.”

Inicialmente, as reuniões da bancada — a maior do Senado — estavam marcadas para sexta-feira (15).

Dissemos ao senador que Pacheco, apoiado por Davi Alcolumbre e pelo Palácio do Planalto, largou na frente e tem, até aqui, o apoio público de cinco partidos, totalizado 28 senadores — são necessários 41 votos para ser eleito. A eleição é secreta. Na comparação com o que ocorre na Câmara, as bancadas tendem a votar mais unidas no Senado, pelo menos em tese.

Braga contestou:

“Levar [o apoio das] legendas não significa levar senadores. O que precisamos entender, certamente, é se essas decisões de apoio são definitivas. Não costumo comentar o que ocorre no Salão Verde, até porque não sou deputado, mas, no Senado, o diálogo com os senadores é independente [de partidos]. Essa conta [de apoios ao Pacheco] não está definida.”

O líder emedebista afirmou que o MDB passou a ter dois pré-candidatos — ele e Simone Tebet –, e não mais quatro. Perguntamos se Fernando Bezerra Coelho e Eduardo Gomes saíram de cena em razão do fato de serem líderes do governo Bolsonaro no Senado e no Congresso, respectivamente.

A resposta foi direta:

“Sim. Não há espaço para duas candidaturas chapa-branca. Hoje, o MDB tem dois pré-candidatos e amanhã, muito provavelmente, terá só um ou uma.”