Lava Jato: “Reportagem da Folha equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários” Lava Jato: “Reportagem da Folha equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários”
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Lava Jato: “Reportagem da Folha equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários”

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3 minutos de leitura 24.11.2019 14:46 comentários
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Lava Jato: “Reportagem da Folha equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários”

A Lava Jato divulgou uma nota sobre a reportagem da Folha publicada neste domingo com base nas mensagens roubadas da força-tarefa. Como mostramos mais cedo, o jornal encontrou no meio das conversas...

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Lava Jato: “Reportagem da Folha equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários”
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A Lava Jato divulgou uma nota sobre a reportagem da Folha publicada neste domingo com base nas mensagens roubadas da força-tarefa.

Como mostramos mais cedo, o jornal encontrou no meio das conversas um levantamento feito por duas estagiárias da Lava Jato, segundo o qual a decisão de Sergio Moro de publicar os grampos de Lula foi diferente de casos semelhantes.

Leia:

“1. O veículo não reproduziu as informações prestadas pelo Ministério Público Federal, impedindo que seus leitores tivessem a adequada compreensão do tema.

2. O exame das diversas decisões judiciais nas várias fases da Lava Jato mostra que os casos revestidos de sigilo, após deflagradas as operações, foram classificados com nível de sigilo 1 (um) entre a primeira e a sexta fases, e foram classificados com nível 0 (zero) da sétima fase em diante, em três dezenas de fases seguintes. Em tais casos, havia informações sob sigilo para proteger a intimidade, como informações de conversas telefônicas e telemáticas e dados fiscais, bancários e telefônicos.

3. A mudança de padrão teve uma justificativa concreta, que foi a maior gravidade dos crimes revelados: “Entendo que, considerando a natureza e magnitude dos crimes aqui investigados, o interesse público e a previsão constitucional de publicidade dos processos (artigo 5º, LX, CF) impedem a imposição da continuidade de sigilo sobre autos. O levantamento propiciará assim não só o exercício da ampla defesa pelos investigados, mas também o saudável escrutínio público sobre a atuação da Administração Pública e da própria Justiça criminal.”

4. As decisões, portanto, seguiram um princípio claro: quanto maior a gravidade dos fatos, menor o grau de sigilo. A decisão no caso envolvendo o ex-presidente Lula seguiu esse mesmo princípio, sendo devidamente fundamentada.

5. Aplicando o mesmo princípio para os autos de interceptação telefônica da 7ª fase da Lava Jato, como no caso envolvendo o ex-presidente, o sigilo foi reduzido a zero (autos 5073645-82.2014.4.04.7000). Em diversos outros casos os relatórios de interceptação telefônica foram juntados a autos com sigilo nível zero, como nos desdobramentos da 22ª fase, envolvendo a empresa Mossack Fonseca.

6. Cumpre registrar, ainda, que eventual juntada de áudios aos autos do caso envolvendo o ex-presidente Lula não ocorreu por ordem judicial ou pela atuação da Justiça, mas sim da polícia federal (cf. se observa nos despachos dos eventos 135 e 140 dos autos 5006205-98.2016.4.04.7000).

7. Mais uma vez se demonstra que supostas mensagens, obtidas a partir de crime cibernético, sem a comprovação de sua autenticidade e integridade, são insuficientes para verificar a verdade de fatos ocorridos na Operação Lava Jato. Em uma grande operação, com o envolvimento de dezenas de procuradores e centenas de servidores de diferentes órgãos, a comunicação, para além do aplicativo hackeado, sempre ocorreu por reuniões presenciais, conversas por telefone, uso de outros aplicativos e outros meios de comunicação.

8. A reportagem da Folha, assim, equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários, com base em supostas mensagens, o que resulta em uma deturpação dos fatos, em prejuízo de sua adequada compreensão pelos leitores.”

Brasil

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