A Justiça de São Paulo condenou 11 pessoas denunciadas na Operação Raio X, contra desvios em contratos fechados entre prefeituras e organizações sociais na área da Saúde, diz o Estadão. As penas por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa ultrapassam 9 anos de prisão. 

A ofensiva foi deflagrada em conjunto pelo MP de São Paulo e pela Polícia Civil do Estado em setembro de 2020. As investigações apontaram a existência de contratos superfaturados e cobranças por serviços não prestados. Foram constatadas fraudes em 27 cidades do Pará, Paraíba, Paraná e São Paulo.

A sentença foi proferida pelo juiz Marcelo Yukio Misaka e trata do contrato para a gestão do Pronto Socorro de Penápolis, cidade no noroeste de São Paulo.

“A organização criminosa em tela não foi criada exclusivamente para a prática de infrações penais. Ao mesmo tempo em que ela era utilizada para praticar desvios de verbas públicas a partir de alguns contratos, […] havia também outros contratos nos quais não havia desvio de verbas e o serviço era prestado regularmente e/ou os produtos entregues em conformidade com a legislação”, diz um trecho da decisão.