"Se olhar o regimento literalmente, não poderia", admite Izalci, sobre indicação de colega "Se olhar o regimento literalmente, não poderia", admite Izalci, sobre indicação de colega
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“Se olhar o regimento literalmente, não poderia”, admite Izalci, sobre indicação de colega

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Diego Amorim
3 minutos de leitura 06.12.2021 12:40 comentários
Brasil

“Se olhar o regimento literalmente, não poderia”, admite Izalci, sobre indicação de colega

O senador Izalci Lucas (foto), do PSDB do Distrito Federal, admitiu que a designação da importante relatoria de educação do orçamento de 2022 para o bolsonarista do PL Wellington Fagundes fere o regimento do Congresso. "Se olhar o regimento literalmente, não poderia", disse o líder tucano a O Antagonista...

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Diego Amorim
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“Se olhar o regimento literalmente, não poderia”, admite Izalci, sobre indicação de colega
Foto: Waldemir Barreto/Ag. Senado

O senador Izalci Lucas (foto), do PSDB do Distrito Federal, admitiu que a designação da importante relatoria de educação do orçamento de 2022 para o bolsonarista do PL Wellington Fagundes fere o regimento do Congresso.

“Se olhar o regimento literalmente, não poderia”, disse o líder tucano a O Antagonista.

Como noticiamos mais cedo em primeira mão, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões no orçamento de 2022, ano de eleição — o valor equivale a quatro vezes o orçamento secreto.

A senadora Rose de Freitas (MDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), atropelou o regimento e uma norma que rege o funcionamento do colegiado para emplacar Fagundes na relatoria setorial de educação, responsável pela análise de cerca de 680 emendas.

Pelas regras vigentes, o senador do PL não poderia ocupar a função, uma vez que um correligionário, o deputado Zé Vitor (PL-MG), o antecedeu.

Rose chegou a ser alertada do erro formal, mas acabou acatando a indicação, feita em ofício assinado pelo próprio Fagundes e pelo colega Izalci Lucas (PSDB-DF), que se colocou como líder do bloco parlamentar no Senado formado por PSDB, Podemos e PSL, o que não é verídico.

Izalci, em conversa com O Antagonista, tentou minimizar a situação, alegando que “a CMO só funciona por acordo”. Ele também criticou a falta de participação de outros integrantes do bloco parlamentar na composição do colegiado, ainda em agosto.

“Sou contador, sou auditor: de CMO, eu entendo. Nem todos os senadores participam, é uma comissão muito pouco frequentada. Os partidos e os blocos indicam os cargos. Temos um bloco [com PSDB, Podemos e PSL], mas não houve nenhuma reunião do bloco: essa é a realidade.”

O senador acrescentou que, no dia das definições dos cargos, estava “sozinho” na reunião: “Não estava o Lasier [líder do bloco], não estava ninguém”.

Ainda de acordo com Izalci, houve um “entendimento” para a indicação de Fagundes. Izalci atribuiu à sua própria articulação o fato de o bloco ter ficado com outras três funções — bem menos importantes que a de relator setorial de educação.

“Não vou brigar com ninguém por causa de cargo. Depois que tudo aconteceu, surgiu a indicação da Soraya [para a relatoria de educação]. Eu não sabia disso. Eu deveria saber, teria que ter tido reunião, mas eu não sabia”, afirmou.

Ocorre que Lasier Martins (Podemos-RS) fez a indicação formal da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) para a função ainda em julho, conforme o seguinte ofício:

Sobre o fato de ter assinado como líder do bloco parlamentar, Izalci comentou: “Assinei como líder do PSDB, mas como eu participo do bloco…”

O ofício de 5 de agosto — posterior, portanto, ao de Lasier — comprova que o tucano assinou como líder do bloco parlamentar:

Leia também: Soraya: “Se pensam que irão nos levar no tapetão, estão muito enganados”

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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