Gustavo Franco está confuso.

Ele disse que o próximo presidente será aquele capaz de traduzir o desejo anticorrupção do eleitorado.

Ao mesmo tempo, ele previu a vitória de Geraldo Alckmin, em parceria com Michel Temer.

Leia um trecho de sua entrevista à Folha de S. Paulo:

“Acho que presidente e Congresso vão ser eleitos sob o signo da renovação. O vencedor da eleição vai ser quem conseguir traduzir esse desejo anticorrupção e dizer o que isso significa em matéria fiscal. Dizem que privatização, por exemplo, é impopular. Me remete a uma frase que ouvi de um político carioca: impopular é roubar dinheiro do povo. A pergunta a ser feita é se o eleitor quer ter telefone que funcione, banda larga, ligação de esgoto. Topa pagar isso como paga a sua conta de banda larga? Claro que topa. Dizem que pode ser caro. Caro é não ter água encanada, é não ter esgoto.”

Em seguida:

“Quem tem mais chance de levar é o Geraldo. Obviamente é o partido com mais corpo: são 800 prefeitos do PSDB, mais aliados. Em uma eleição que não é solteira, a importância da organização partidária é muito grande. Se ele se aliar ao governo federal, como eu acho que é provável, teremos governos federal e de São Paulo juntos numa mesma chapa e com uma máquina muito poderosa. Se acontecer, é o favorito das eleições. É mais tempo de televisão, mais dinheiro do fundo partidário —e é muito dinheiro.”