

O ministro Gilmar Mendes (foto), do STF, determinou o desbloqueio de R$ 166 milhões em bens e contas de Fernanda Richa e de André Richa, mulher e filho do ex-governador do Paraná Beto Richa.
A decisão é de 16 de dezembro, mas só foi publicada ontem.
Gilmar alegou “ausência de fundamentação adequada para a imposição de restrições patrimoniais”.
O bloqueio havia sido determinado pela 23ª Vara Federal de Curitiba, em 2019, a pedido do Ministério Público Federal. A determinação da Justiça foi um desdobramento da investigação de um esquema de pagamento de propina para agentes públicos por empresas de pedágio do Paraná.
A decisão de desbloqueio também se estende para a concessionária Viapar, que administra rodovias na região norte do estado, do ex-presidente Marcelo Stachow e do ex-diretor Jackson Luiz Ramalho Seleme.
Em agosto do ano passado, a 2ª Turma do Supremo decidiu mandar para a Justiça Eleitoral os processos das operações Integração e Rádio Patrulha.
A Operação Integração foi conduzida pela força-tarefa da Lava Jato, do Ministério Público Federal em Curitiba. As investigações apuram um esquema de corrupção nos contratos de pedágio envolvendo agentes públicos e concessionárias, entre 1999 e 2018.
De acordo com o MPF, foram desviados 8,4 bilhões de reais, desde 2000, por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Interligação, além de obras que não foram executadas.