O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação, recuou e diminuiu o preço máximo para a compra de 3.850 ônibus escolares rurais em leilão. 

A articulação para tentar salvar o pregão eletrônico que está sob suspeita de sobrepreço foi desencadeada pela cúpula do fundo comandado por Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). O novo valor máximo estabelecido passou de R$ 2,045 bilhões para R$ 1,5 bilhão. 

A suspeita foi levantada por uma reportagem da Crusoé. O pregão previa pagar até R$ 480 mil por cada ônibus, embora a área técnica do FNDE tenha defendido um teto de R$ 270,6 mil. Agora, no novo despacho, o valor caiu para R$ 338,5 mil.

Como mostramos, diante da polêmica, o ministro do TCU Walton Alencar determinou nesta terça (5) que o FNDE suspenda o pregão para compra de ônibus escolares até que o tribunal apure se houve sobrepreço no processo de aquisição dos veículos.