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Exclusivo: Em processo, Haddad é acusado de beneficiar operador de Mantega e doadores de campanha com desapropriação

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3 minutos de leitura 29.05.2019 18:10 comentários
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Exclusivo: Em processo, Haddad é acusado de beneficiar operador de Mantega e doadores de campanha com desapropriação

O petista Fernando Haddad, quando prefeito de São Paulo, editou decreto de desapropriação de uma área de interesse do empresário Victor Sandri - apontado pelo MPF como operador de Guido Mantega - e doadores de campanha...

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O petista Fernando Haddad, quando prefeito de São Paulo, editou decreto de desapropriação de uma área de interesse do empresário Victor Sandri – apontado pelo MPF como operador de Guido Mantega – e doadores de campanha.

Essas e outras informações constam de um processo, ao qual O Antagonista teve acesso,  movido pela Ajjuda Empreendimentos – proprietária do terreno desapropriado por Haddad – contra o Município de São Paulo, com objetivo de evitar a entrega do imóvel.

Em fevereiro, a Justiça acatou liminar da Ajjuda, que pertence ao empresário Jorge Dib, e suspendeu o processo de desapropriação. Na peça, os advogados expuseram uma série de supostas ilegalidades cometidas pela gestão de Haddad no caso.

A começar pelo decreto de desapropriação, datado de  29 de julho de 2016.

No documento, segundo os advogados, o então prefeito alegou interesse público na área pela “necessidade de implantação do Terminal Raposo Tavares”. O problema é que Marta Suplicy, quando prefeita, também desapropriou um terreno com o mesmo objetivo e a apenas 1,5 km do local.

A questão, na verdade, é que o terreno da Ajjuda Empreendimentos fica às margens da avenida Raposo Tavares e, por isso, se tornou estratégico para acesso ao empreendimento Residencial Reserva Raposo – uma espécie de “cidade” do Minha Casa Minha Vida.

O ‘Reserva Raposo’ foi concebido para abrigar nada menos que 26 mil unidades do Minha Casa Minha Vida. No prospecto do investimento, que correu o mercado financeiro, a expectativa de comercialização do empreendimento supera R$ 5 bilhões.

O empreendimento é do Grupo Rezek, do empresário José Ricardo Rezek, segundo maior doador da campanha de reeleição de Haddad em 2016. O fundo de investimento, por sua vez, foi estruturado pelo Banco Votorantim, cujo grupo também figura como doador da primeira campanha do petista.

Na ação movida contra a desapropriação, a defesa da proprietária do terreno faz ainda outra acusação grave. A gestão de Haddad teria acertado que os custos da desapropriação seriam cobertos pela Parque Raposo Empreendimentos Imobiliários, responsável pelo Residencial Reserva Raposo — ou seja, pela própria interessada.

A proposta de indenização e o recibo do valor de caução também foram arrolados no processo.

Para tornar a história ainda mais curiosa, José Ricardo Rezek se associou na empreitada a Victor Sandri. Os dois, inclusive, assinam juntos um “convênio” firmado com a Secretaria Municipal de Habitação de Haddad, ainda em 2014, para colocar de pé o empreendimento.

Na semana passada, Sandri virou réu ao lado do ex-ministro Guido Mantega na ação penal da Operação Bullish – que investiga os empréstimos do BNDES para o grupo JBS. Apontado como operador de Mantega, Sandri também está metido em outro negócio imobiliário denunciado por O Antagonista: a construção da sede da BB Mafre, seguradora do Banco do Brasil.

O Antagonista tentou sem sucesso entrar em contato com Haddad, Rezek e Sandri, mas o espaço está aberto para esclarecimentos.

Confira os documentos abaixo:

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