O Antagonista teve acesso, com exclusividade, a documentos da constituição da Blessed Holdings, a misteriosa offshore que surgiu da fusão do grupo JBS com o frigorífico Bertin.

Um dos papéis arquivados no cartório de Delaware (EUA) é o “Contrato de Representação”, celebrado em 13 de junho de 2012, entre a Blessed Holdings e o corretor Gilberto de Souza Biojone Filho – representante da offshore no Brasil.

Além de Biojone, assina o documento o advogado suíço Andrea Amedeu Prospero, nome até hoje desconhecido. Ele é apontado como “gerente” da Blessed.

Prospero é sócio de um escritório de advocacia tributária com sede em Lugano e filial em Genebra. Em seu site, ele diz que atuou como consultor jurídico da Arthur Andersen e da KPMG em Berna, Zurique, Lugano e Genebra.

É curioso que uma offshore sediada em Delaware, formada por seguradoras sediadas em Porto Rico e Ilhas Cayman, tenha como gerente um advogado suíço.