'Eu disse que seria batom na sua cueca', diz delator a Wilson Witzel 'Eu disse que seria batom na sua cueca', diz delator a Wilson Witzel
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‘Eu disse que seria batom na sua cueca’, diz delator a Wilson Witzel

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 07.04.2021 17:56 comentários
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‘Eu disse que seria batom na sua cueca’, diz delator a Wilson Witzel

O ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos disse nesta quarta-feira, 7, que avisou Wilson Witzel dos riscos que ele corria ao requalificar a organização social Unir Saúde, peça-chave do processo de impeachment do governador afastado...

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‘Eu disse que seria batom na sua cueca’, diz delator a Wilson Witzel
Foto: Philippe Lima

O ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos disse nesta quarta-feira, 7, que avisou Wilson Witzel dos riscos que ele corria ao requalificar a organização social Unir Saúde, peça-chave do processo de impeachment do governador afastado, relata o Estadão.

Witzel e os participantes do Tribunal Misto que julga seu processo interrogaram no início da tarde o delator Edmar, que foi ao plenário como testemunha.

“O senhor me pediu para requalificar a Unir, e eu disse ao senhor que seria equivocado, que seria batom na sua cueca”, declarou o ex-secretário de Saúde.

A Unir, cujo sócio oculto seria Mário Peixoto —empresário acusado de envolvimento no esquema de corrupção na Saúde do Rio— havia sido desqualificada para firmar contratos com o governo fluminense, depois de análises técnicas do estado.

Segundo Edmar, Witzel avisou que a requalificaria “de canetada”. O ex-secretário chegou a ser preso, mas depois firmou acordo de delação em que acusou o governador de participar dos esquemas.

Em nota enviada a O Antagonista nesta quinta (8), a defesa de Mário Peixoto negou que ele seja dono da Unir Saúde. Leia abaixo a nota completa:

“Em resposta à publicação ‘Eu disse que seria batom na sua cueca’, diz delator a Wilson Witzel, de 07/04/2021, no site O Antagonista, que cita o nome de Mário Peixoto em possível envolvimento no episódio da requalificação da Unir Saúde, cabem os seguintes esclarecimentos:

A tese do MPF para supor o envolvimento de Mário Peixoto neste episódio se baseia na ilação de que ele seria o dono da Unir Saúde, o que é frontalmente desmentido com os fatos apurados na Operação Filhote de Cuco, do Gaecc do MPRJ.

Nesta operação, as OSs Unir e IDR foram investigadas por quatro anos e a investigação concluiu quem eram os sócios ocultos e ostensivos dessas empresas, quem eram os operadores , as empresas envolvidas e beneficiadas e como ocorriam os desvios.

Apurou o envolvimento de 18 pessoas e 25 empresas, concluiu com a prisão preventiva de cinco pessoas e não houve qualquer denúncia do envolvimento de Mário Peixoto.

Mário Peixoto, no âmbito da Operação Favorito, teve seus sigilos quebrados por 13 anos e foi alvo de escutas autorizadas por oito meses e nada se comprovou do suposto vínculo com a Unir.

Em relação à delação de Edmar Santos carecem de credibilidade, pois está repleta de contradições.

Jamais ele poderia afirmar que Mário Peixoto pediu para requalificar a Unir, pois na data do referido encontro citado por ele, a Unir não estava desqualificada.

Diz que não sabe quase nada de Mário Peixoto, mas afirma que era muito forte e influente e que tinha muitos negócios, mas não cita nenhum.

Ao contrário deste cenário, Edmar afirma que foi Nelson Bornier quem pediu, pressionou e ameaçou com dossiê, caso não requalificasse a Unir e que obrigou o grupo criminoso a mudar de endereço.

Cabe ressaltar que não existe qualquer relação de Mário Peixoto com Nelson Bornier.

Fica bem claro que não existia interesse de Mário Peixoto pela requalificação da Unir, pois em nada seria beneficiado. As pessoas que tinham interesse estão citadas na Operação Filhote de Cuco.

Mário Peixoto não responde a nenhum processo por desvios na Saúde no Rio de Janeiro, na gestão Witzel. A ação penal 977, que corre no STJ,  que trata de desvios da Saúde no governo Witzel, não inclui Mário Peixoto.

Os próprios delatores Edmar Santos e Édson Torres, assumidamente envolvidos nas fraudes de desvios na Saúde, já afirmaram em depoimentos que Mário Peixoto nada tem a ver com esses desvios.
 
A ação que Mário Peixoto responde no STJ trata de pagamentos de honorários a Helena Witzel e a acusação da ação que responde da Operação Favorito, na 7 vara federal, é de lavagem de dinheiro relativa aos anos de 2012, 2013 e 2014. O próprio MPF,  portanto, não o acusa de fraudes a licitações ou superfaturamento. 

Mário Peixoto não tem absolutamente nada a ver com os desvios na Saúde no governo do Estado do Rio de Janeiro. O próprio MPF, a PGR e o MPERJ (Operação Filhote de Cuco) já identificaram todos os envolvidos em tais desvios e os mesmos não acusam Mário Peixoto desses crimes”.

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