ENTREVISTA: "Aí a criançada do MBL vibrou, né?" ENTREVISTA: "Aí a criançada do MBL vibrou, né?"
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ENTREVISTA: “Aí a criançada do MBL vibrou, né?”

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4 minutos de leitura 22.11.2019 15:21 comentários
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ENTREVISTA: “Aí a criançada do MBL vibrou, né?”

Na quinta e última parte da entrevista a O Antagonista, Michel Temer comentou sua participação no evento do Movimento Brasil Livre (MBL) no último sábado. Ele disse ter sido "muito interessante" a insistência do grupo em contar com sua participação. Perguntamos como ele reagiu às críticas de que se estava abrindo espaço para um réu que, segundo o Ministério Público Federal, comandou uma organização criminosa durante 40 anos. Ele disse que não sabia dessas críticas...

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4 minutos de leitura 22.11.2019 15:21 comentários 0
ENTREVISTA: “Aí a criançada do MBL vibrou, né?”
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Na quinta e última parte da entrevista a O Antagonista, Michel Temer comentou sua participação no evento do Movimento Brasil Livre (MBL) no último sábado.

Ele disse ter sido “muito interessante” a insistência do grupo em contar com sua participação.

Perguntamos como ele reagiu às críticas de que se estava abrindo espaço para um réu que, segundo o Ministério Público Federal, comandou uma organização criminosa durante 40 anos. Ele disse que não sabia dessas críticas.

“Eu fico acima dos acontecimentos. Eu ouço uma observação dessa natureza com muito desprezo. Porque, na verdade, quem fala assim está falando de um outro Michel Temer, um Michel Temer fake, o Michel Temer que foi criado por [Rodrigo] Janot, por Joesley [Batista], por alguns procuradores, entendeu? Esse é o Michel Temer fake. O Michel Temer verdadeiro está aqui, falando que teve 51 anos de trabalho duro, fez uma belíssima carreira universitária, teve mais de 200, 350 mil livros vendidos, escritor de outros livros, palestrante em todo o país, esse é o Michel Temer verdadeiro. Então, quando eu vejo pessoas falando de um Michel Temer fake, eu tenho pena deles, porque eles não chegaram em posições que eu consegui chegar. E não é posição politica não, é posição intelectual, posição universitária, com o respeito da sociedade. Quando eu saio por aí, quando eu vou a um restaurante, onde quer que eu vá, é só fotografia.”

Questionamos se ele ainda é chamado de golpista.

“Não. ‘Golpista’ foi um fenômeno político, que eu compreendia. Você lembra que eu não respondia, eu não fazia coisa nenhuma.”

Em setembro, no programa Roda Viva, Michel Temer usou a expressão golpe ao responder perguntas sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Ele disse que já explicou essa situação.

“Lá no [evento do] MBL, alguém disse: ‘Ah, mas os seus amigos patrocinaram o impeachment’. Eu disse: ‘Quem patrocinou foi um milhão e meio de pessoas que foram à Avenida Paulista e milhões que foram para [as ruas em] todo o Brasil. Aí a criançada [no evento do MBL] vibrou, né?”

Temer disse que nunca esteve com Dilma depois do impeachment.

“Mas nunca falei uma palavra em desfavor dela. Eu jamais disse uma palavra detrimentosa em relação à ex-presidente. Sempre trato com muito consideração. Eu sou muito apegado a essas questões litúrgicas, institucionais.”

Sobre sua carreira política, o ex-presidente disse que nunca procurou o poder.

“Acho que o poder foi me chamando. De nenhuma maneira, eu procurei o poder. O poder é que veio a mim.”

Temer também comentou a atuação de seu sucessor no Palácio do Jaburu, o general Hamilton Mourão, atual vice-presidente da República.

“Eu acho que ele está cumprindo a determinação constitucional, um vice tem que ser muito discreto.”

Mas não decorativo?

“Não decorativo. Porque eu fui um vice decorativo.”

Qual a diferença?

“É que o vice discreto participa de tudo o que o presidente faz, por uma razão constitucional. Porque é evidente que, se você tem um vice, é porque um dia o presidente pode morrer, pode renunciar, pode ser impeachado. Então, o vice-presidente tem que acompanhar tudo, porque repentinamente pode assumir o governo. Nos Estados Unidos, pode ver, não tem uma foto do presidente que não tem o vice do lado. Porque o vice, na concepção do americano, pode de repente assumir. Aqui, nós tínhamos o programa Uma ponte para o futuro, que, na verdade, foi feito para colaborar com a Dilma, mas ela tomou aquilo como um gesto de oposição e até aconteceu um afastamento muito acentuado.”

Temer também afirmou que não pretende ser um ex-presidente ativo nas redes sociais.

“Eu cheguei a ter 1,2 milhão seguidores, mais ou menos. Mas não mexo. Faz parte da discrição, porque, se você começa a ter uma rede, daqui a pouco você começa um conflito político ali, começa a parecer alguém que quer interferir.”

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