João Doria acaba de anunciar novas medidas de restrição ao comércio e outras atividades em São Paulo. As medidas valem a partir de segunda (15) e vão até 30 de março, em todo o estado.

Ficam suspensos os serviços de retirada em todos os setores, como bares e restaurantes. Será permitido apenas o serviço de entrega em casa. Órgãos públicos e escritórios de atividades não classificadas como essenciais deverão adotar o teletrabalho.

Igrejas permanecem abertas, mas cultos estão proibidos. Haverá toque de recolher das 20h às 5h. Praias e parques serão fechados. O uso de máscara passa a ser obrigatório em todos os ambientes.

A nova ‘fase emergencial’ do Plano São Paulo, anunciada em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, é ainda mais rigorosa que a fase vermelha, que já está em vigor em todo o estado desde sábado (6).

Essa nova fase vai aumentar as medidas restritivas em 14 atividades, como administração pública, escritórios e estabelecimentos comerciais.

Atividades esportivas coletivas serão suspensas.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, disse que as escolas vão permanecer abertas apenas para alimentação e distribuição de material e chips de celular, desde que com agendamento prévio. As atividades escolares presenciais devem ser reduzidas “ao mínimo necessário”.

Os recessos escolares de abril e outubro foram antecipados para vigorar de 15 a 28 de março. Os alunos nas escolas estaduais não terão atividades obrigatórias.

O governo estadual também apresentou uma recomendação de escalonamento para uso do transporte coletivo. “Precisamos da cooperação de todos os empregadores nesse momento dos serviços”, pediu o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn.

“Hoje, 53 municípios estão com 100% nas taxas de ocupação [de leitos]”, disse Gorinchteyn. A velocidade do crescimento da pandemia, acrescentou, já compromete o atendimento à saúde.

A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 87,6% no estado, acrescentou o secretário, e de 86,7% na Grande São Paulo.

“É uma pandemia diferente daquela que nós víamos no ano passado”, disse Gorinchteyn. “Hoje, em muitas UTIs, 50% de sua ocupação já é composta por pessoas com idade menor do que 50 anos. Ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos”.

Doria começou a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes exibindo um vídeo da situação de UTIs em vários hospitais do estado, com legendas mostrando altas taxas de ocupação, acima de 90%.

A adoção de medidas mais restritivas foi antecipada pelo próprio Doria em vídeo divulgado na manhã de hoje.