Marcos do Val (Podemos-ES) disse que irá pedir à Procuradoria-Geral da República para que afaste Alexandre de Moraes das investigações sobre os atos bolsonaristas de 8 de janeiro. Em entrevista com a CNN Brasil nesta sexta-feira (3), ele rebateu  as falas recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) dadas em Lisboa.

“Não são verídicas as recentes declarações do ministro Alexandre de Moraes quando diz que me orientou para que as informações sobre a reunião com Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro fossem formalizadas. Tenho como provar que, ao comunicar ao ministro Alexandre de Moraes sobre o que estava acontecendo, por escrito e testemunhalmente, em nenhum momento recebi orientações do ministro para fazer a referida formalização”, disse Do Val, lendo uma nota.

O senador disse não ver conflito no fato de que as cenas narradas por ele ocorreram quase um mês antes dos atos de vandalismo na capital, que geraram o inquérito que agora ele pedirá o afastamento de Moraes.

Ele ainda se contradisse em relação ao que disse à revista Veja e em live nesta quinta-feira (2), quando acusou Jair Bolsonaro de coagi-lo a dar um golpe de Estado.

Dessa vez, Do Val disse que o autor da matéria era um assessor de comunicação de sua equipe, que o convenceu a dar entrevista para a revista. Ele disse que Bolsonaro, em momento nenhum, teria compactuado com o plano do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) para gravar Alexandre de Moraes (à revista, no entanto, Do Val cita que Bolsonaro o recebeu no Palácio da Alvorada e falava que era um plano “para salvar o Brasil.”)

Ontem, quando questionado pela Globo News sobre o motivo pelo qual ele fez as denúncias apenas neste instante, o parlamentar declarou: “Eu estou fazendo um movimento que eu vou chegar no Lula.  Na próxima, eu vou chegar no Lula”, declarou.