

A diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades afirmou há pouco à CPI da Covid que o pagamento em nome de uma offshore de Singapura para o recebimento das primeiras doses da Covaxin seria um procedimento normal.
Ela disse que o pagamento no valor de US$ 45 milhões, por meio da empresa Madison Biotech, seria creditado nas contas do laboratório indiano Bharat Biotech por se tratar de um mesmo grupo econômico.
Além disso, Emanuela declarou que a empresa Precisa Medicamentos já adotou esse procedimento em outros contratos com o Ministério da Saúde, como o de fornecimento de preservativos femininos.
Após a diretora da Precisa Medicamentos explicar a operação, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que, ao contrário do alegado por Emanuela Medrades, nunca houve pagamento por produtos fornecidos pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde em nome de empresas no exterior.
“Referido o nome da Precisa, não necessariamente significa que esse valor vá para a Precisa. Nós temos outros casos, inclusive dentro da Precisa, em outros contratos, no caso do preservativo, em que o empenho é para a Precisa, mas o pagamento é lá fora”, disse a diretora.
“Não existe a possibilidade de receber dentro do Brasil em dólar, entendeu? Então, o empenho é destinado à representação, mas o empenho não caracteriza nem o pagamento, muito menos consolida que aquele pagamento vai ser feito a nós”, complementou Medrades, em relação ao comentário do senador Alessandro Vieira.