O ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol (foto) criticou, em vídeo publicado no YouTube, a investigação conduzida pelo TCU sobre o contrato de Sergio Moro com a Alvarez & Marsal.

O procurador lembrou que o TCU não pode investigar contratos privados e afirmou que o relator do caso, Bruno Dantas, seria suspeito para investigar Moro, já que foi ao jantar que marcou o lançamento da pré-candidatura de Lula.

Lucas Furtado, do MP junto ao TCU, pediu o arquivamento do caso, depois que Moro divulgou os valores que recebeu como consultor.

“O primeiro problema é a condução do procedimento por um ministro que foi a um jantar de pré-candidatura de Lula, que tem relações próximas com um senador que é ferrenho opositor da Lava Jato (Renan Calheiros). Desde o ano passado, Bruno Dantas e Lucas Furtado têm atuado para criar processos contra pessoas que trabalharam na Lava Jato.”

“Como um ministro do TCU estava nesse jantar, que promovia a pré-candidatura de Lula, e depois vai atuar contra outro pré-candidato?”, questionou Deltan.

Para o procurador, o sistema corrupto teme que pessoas ligadas à Lava Jato sejam eleitas.

“Existe uma verdadeira razão para o salário do Moro ter virado tema de discussão pública: o sistema corrupto está apavorado com a possibilidade de que pré-candidatos vinculados à Lava Jato ganhem as eleições este ano.”