A cúpula da CPI da Covid (foto) fez uma reunião hoje com o presidente do STF, Luiz Fux, para pedir a instauração de inquéritos a partir de dez investigações preliminares, instauradas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, a partir do relatório final do colegiado.

Ano passado, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu 81 indiciamentos. Dos quais, 12 relacionados a pessoas com foro privilegiado. Somente o presidente Jair Bolsonaro teria cometido nove crimes distintos.

Desde então, Aras instaurou dez investigações preliminares e os processos estão sob responsabilidade de seis ministros. Agora, a CPI pressiona para que essas apurações prévias sejam transformadas em investigações por parte da Procuradoria-Geral da República.

Ontem, a cúpula da CPI teve uma reunião com assessores de Aras e a PGR alegou que as investigações não tiveram continuidade porque a CPI não individualizou a conduta de cada um dos indiciados.

“As provas já foram enviadas e agora eles querem um detalhamento delas. Mandamos as provas no dia seguinte à primeira reunião. Provas que todos sabem que existem. Não há nenhuma dúvida”, disse o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL).

“Entregamos o prato, entregamos a comida, entregamos os talheres e me parece que agora eles querem que se coloque a comida na boca”, complementou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).