O delegado Anderson Gustavo Torres, que Jair Bolsonaro quer colocar no lugar de Maurício Valeixo, foi assessor parlamentar de Fernando Francischini. Hoje, é secretário de Segurança Pública do governo de Ibaneis Rocha (MDB).

Torres transita no meio político há quase uma década, período em que ficou distante da atividade operacional.

Caso ocorra, sua nomeação representará a politização da PF e uma reaproximação do presidente da República com o ex-deputado federal Francischini, hoje deputado estadual no Paraná.

Francischini foi um dos primeiros articuladores da candidatura de Bolsonaro, mas acabou sendo alijado durante a transição, por influência de Carlos Bolsonaro. Curiosamente, retorna pelas mãos dos irmãos Flávio e Eduardo.

Na época da formação do governo, o ex-delegado dizia a interlocutores que ficaria feliz em ser diretor-geral da PF ou mesmo ministro da Justiça.