

O Estadão fez as contas: nos dois anos em que Augusto Aras chefiou a PGR, ele cortou em um terço o total de denúncias apresentadas pelo comando do MPF contra políticos com foro no STF e no STJ na comparação com sua antecessora no cargo, Raquel Dodge.
Até o momento, Aras —que acaba de ter sua recondução ao cargo aprovada pela CCJ do Senado— formulou 46 denúncias aos tribunais superiores, 28% a menos que Dodge.
Nomeada por Michel Temer, Raquel Dodge fez 64 denúncias contra políticos durante seus dois anos à frente da PGR. Ela também denunciou o então presidente e ministros do governo dele, como Geddel Vieira Lima e Blairo Maggi —coisa que Aras nem chegou perto de fazer.
Não há a menor dúvida de que o atual PGR será reconduzido pelos serviços prestados —principalmente, talvez, o de ter enterrado a Lava Jato.