Bolsonaro assinou compra da Covaxin após uma única reunião com a Anvisa Bolsonaro assinou compra da Covaxin após uma única reunião com a Anvisa
O Antagonista

Bolsonaro assinou compra da Covaxin após uma única reunião com a Anvisa

avatar
Wilson Lima
3 minutos de leitura 24.06.2021 08:00 comentários
Brasil

Bolsonaro assinou compra da Covaxin após uma única reunião com a Anvisa

Ao contrário do que aconteceu com outras farmacêuticas, o governo Jair Bolsonaro assinou contrato com a Precisa Medicamentos, responsável pela vacina indiana Covaxin, após uma única reunião técnica entre representantes da empresa e servidores da Anvisa. A empresa nega qualquer tipo de favorecimento por parte do governo brasileiro...

avatar
Wilson Lima
3 minutos de leitura 24.06.2021 08:00 comentários 0
Bolsonaro assinou compra da Covaxin após uma única reunião com a Anvisa
Reprodução/YouTube

Ao contrário do que aconteceu com outras farmacêuticas, o governo Jair Bolsonaro assinou contrato com a Precisa Medicamentos, responsável pela vacina indiana Covaxin, após uma única reunião técnica entre representantes da empresa e servidores da Anvisa. A empresa nega qualquer tipo de favorecimento por parte do governo brasileiro.

Registros da agência reguladora que já chegaram à CPI da Covid, e aos quais O Antagonista teve acesso com exclusividade, revelam que o encontro entre representantes da Covaxin e técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ocorreu em 20 de janeiro deste ano, para discutir “estratégias de certificação da Bharat Biotech, que produz a vacina Covaxin.”

O contrato com o governo brasileiro para fornecimento de 20 milhões de doses foi assinado pouco depois de um mês: em 25 de fevereiro.

Os dados da Anvisa reforçam a suspeita de integrantes da CPI de que houve favorecimento à Precisa Medicamentos. Como relevamos, suspeitas de irregularidades no contrato foram relatadas diretamente ao presidente Jair Bolsonaro pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Pelas informações que chegaram à CPI, o Instituto Butantan, a Fiocruz e Pfizer não tiveram a mesma “sorte” que a Bharat Biotech. O Butantan teve 11 reuniões com a Anvisa para explicar detalhes sobre o desenvolvimento do imunizante, antes de o governo brasileiro formalizar qualquer acordo com o órgão; a Fiocruz, mesmo com contrato assinado com o governo, fez três encontros com a Anvisa, assim como a Janssen. A Pfizer teve duas reuniões com a Anvisa: uma delas para precificar a vacina e a outra para pedir agilidade no processo de análise do registro do imunizante.

O contrato para a compra da Covaxin foi o mais rápido entre as fornecedoras de vacinas. Além disso, o governo brasileiro ignorou vários alertas dados pela embaixada brasileira em Nova Déli sobre o desenvolvimento do imunizante. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), articulou mudanças em uma medida provisória que acabou beneficiando diretamente as negociações envolvendo a vacina indiana.

A suspeita dos senadores é de que houve favorecimento ilícito por parte da União após a compra da Covaxin ao preço de R$ 80,70 a dose, valor quatro vezes maior que o pago pela vacina da AstraZeneca, por exemplo.

A Precisa Medicamentos enviou a seguinte nota: “As tratativas entre a empresa e o Ministério da Saúde seguiram todos os caminhos formais e foram realizadas de forma transparente junto aos departamentos responsáveis do órgão federal. Importante destacar que o período entre a negociação e a assinatura do contrato para aquisição da Covaxin levou a mesma média de tempo de outros trâmites semelhantes”.

Brasil

Número de casos de dengue este ano é o dobro que o de 2023

24.04.2024 16:43 2 minutos de leitura
Visualizar

Governo leva briga sobre desoneração da folha ao STF

Wesley Oliveira Visualizar

Davi Brito retorna às redes

Visualizar

Botafogo na Libertadores: Glorioso faz jogo decisivo contra o Universtario

Visualizar

Mãe e filho são os principais suspeitos na morte de idoso

Visualizar

Moraes arquiva caso de Bolsonaro na embaixada da Hungria

Visualizar

Tags relacionadas

Covaxin CPI da Covid CPI da pandemia Jair Bolsonaro Luis Miranda
< Notícia Anterior

O Antagonista estragou o plano de Luis Miranda

24.06.2021 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

"Se for Lula, será Lula"

24.06.2021 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

Suas redes

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Número de casos de dengue este ano é o dobro que o de 2023

Número de casos de dengue este ano é o dobro que o de 2023

24.04.2024 16:43 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Governo leva briga sobre desoneração da folha ao STF

Governo leva briga sobre desoneração da folha ao STF

Wesley Oliveira
24.04.2024 16:43 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Davi Brito retorna às redes

Davi Brito retorna às redes

24.04.2024 16:38 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Mãe e filho são os principais suspeitos na morte de idoso

Mãe e filho são os principais suspeitos na morte de idoso

24.04.2024 16:10 3 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.