O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, trabalha para permanecer no cargo.

Aras tem investido na interlocução com o Congresso Nacional para angariar apoio. A indicação presidencial é submetida ao crivo do Senado, que sabatina o escolhido e encaminha o nome a votação em plenário.

O presidente Lula fala em não considerar mais a lista tríplice para a escolha de quem vai comandar a PGR. O segundo biênio de Aras se encerra em setembro.

Na campanha, Lula se referiu ao procurador-geral como “engavetador” — Aras se notabilizou por não ter aberto nenhum processo contra Jair Bolsonaro. Nos primeiros meses de governo Lula, o procurador tenta se descolar da imagem de bolsonarista e demonstra proatividade em relação aos atos de 8 de janeiro, entre outras investigações.

Apesar dos acenos a Lula, Aras sabe que é alto o valor cobrado para uma eventual recondução para o biênio 2023-2025 e, por isso, tem investido numa campanha de bastidores para costurar sua presença na disputa.