

Os pagamentos de quase R$ 500 mil a procuradores, autorizados por Augusto Aras no fim do ano passado, baseiam-e em decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Em 2017, na gestão de Raquel Dodge, o órgão permitiu que licenças-prêmio fossem convertidas em dinheiro. Esse benefício garante três meses de descanso a cada cinco anos de trabalho.
Com base na decisão do CNMP, Aras abriu edital e permitiu que procuradores pedissem o recebimento, em dinheiro, dessas licenças-prêmio acumuladas.
Outra portaria de Aras autorizou o pagamento antecipado de férias de 2022. Com as decisões, 675 integrantes do MP receberam valores acima de R$ 100 mil em dezembro. Ao todo, o PGR direcionou R$ 79 milhões para bancar os benefícios extras.
No Ministério Público, a medida foi vista como uma forma de melhorar o clima interno em relação a Aras, que tem sido pressionado a tomar providências contra os abusos cometidos por Jair Bolsonaro.