O Antagonista conversou com o deputado federal Filipe Barros, da ala bolsonarista do PSL e um dos parlamentares mais ligados ao presidente da República.

Ele disse que a pandemia da Covid-19 não parou o trabalho para a criação da Aliança pelo Brasil, partido que será presidido por Bolsonaro e terá como vice-presidente o filho Flávio.

Segundo Barros, os apoiadores do presidente conseguiram reunir “aproximadamente entre 1 milhão e 1,5 milhão” de assinaturas.

“Esse número não é certo, porque simplesmente fugiu do nosso controle. Até hoje, recebo fichas. Parei de contar em um 1 milhão.”

Durante a quarentena, com os cartórios fechados, os organizadores da Aliança pelo Brasil estão cadastrando as fichas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Nós temos mais de 1 milhão de assinaturas, mas não significa que todas sejam válidas. Pode ser que apenas 40% sejam válidas, o que é natural”, afirmou ele, explicando que os apoiadores, por exemplo, não podem ser filiados a outro partido e a assinatura precisa coincidir com a do título de eleitor.

Segundo Barros, “é mentira” que a coleta de assinaturas do futuro partido do presidente fracassou.

“É mentira, não procede. É claro que, na pandemia, não pegaria bem continuar com a coleta de assinaturas.”

Ainda de acordo com o deputado, “estava no radar desde o começo” que a Aliança pelo Brasil não seria criada a tempo de participar das eleições municipais deste ano.

“Até para evitar que o Aliança se transformasse em um PSL, lançando candidatos que nem sequer saberíamos direito quem eram. Agora é lutar, se esforçar para ficar pronto até dezembro.”

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