Antes de decidir se filiar ao Podemos, em novembro do ano passado, Sergio Moro (foto) foi convidado a fazer parte do partido Novo.

Lideranças da legenda acreditavam que a relação poderia dar certo em razão, por exemplo, de várias bandeiras em comum, como o apoio à Lava Jato, o corte de privilégios e a defesa de uma reforma do Poder Judiciário.

O convite nunca foi para que Moro se lançasse à Presidência da República, mas essa possibilidade estava implícita. Na cúpula do partido — que em 2018 lançou ao Planalto João Amoêdo, próximo de Moro –, havia a compreensão de que o Novo era mais coeso e estava com as bases estaduais mais alinhadas com o projeto nacional do que o Podemos.

O ex-juiz, porém, acabou optando por se filiar ao Podemos, respeitando uma promessa que havia feito a Alvaro Dias, senador e líder da legenda. Na semana passada, Moro trocou o Podemos pela União Brasil, partido no qual tem dificuldades para impor sua pré-candidatura ao Planalto.

No Novo, que, sem Moro, lançou a pré-candidatura à Presidência da República do cientista político Luiz Felipe d’Ávila, não são poucos os que avaliam que, se o ex-juiz tivesse topado se filiar ao partido, o projeto presidencial dele iria até o fim.

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