Aécio Neves discutiu nesta quinta (15) com o embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Todd Chapman, o envio ao Brasil de doses da vacina da AstraZeneca que hoje estão estocadas pelos americanos.

A FDA, agência reguladora americana, ainda não autorizou uso emergencial dessa vacina. Nos Estados Unidos, já são aplicadas as vacinas da Pfizer e da Moderna. Na terça (13), a agência recomendou uma suspensão da aplicação do imunizante da Johnson & Johnson.

O New York Times revelou em março que o governo americano tinha um estoque de pelo menos 30 milhões de doses da vacina da AstraZeneca guardadas em uma instalação em Ohio.

Em 30 de março, Chapman teve reunião com o ministro Marcelo Queiroga. Sobre o encontro, a embaixada dos EUA em Brasília informou na época que “[e]mbora nossa primeira prioridade seja garantir o acesso dos norte-americanos às vacinas, estamos engajando ativamente o Brasil em maneiras de ajudar em seus esforços e maximizar o acesso dos Brasil às vacinas seguras, eficazes e de qualidade para os brasileiros”.

Segundo a assessoria de Aécio, Chapman disse hoje ao deputado que a tendência é que as vacinas sejam distribuídas pelo consórcio Covax Facility, organizado pela OMS.

Ainda segundo o gabinete de Aécio, o embaixador concordou com a tese, defendida pelo deputado à OMS, de que o critério de distribuição leve em conta não apenas à população dos países a serem atendidos, mas também a gravidade da pandemia. Chapman teria se comprometido a levar a ideia aos órgãos americanos que tratam da questão.

Em 10 de março, o presidente Joe Biden prometeu compartilhar um excedente de vacinas com o resto do mundo, mas acrescentou: “Já decidimos que vamos trabalhar com a Covax”. O consórcio é especialmente voltado para distribuir vacinas aos países mais pobres.

Aécio preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

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