Antes do julgamento do HC de Lula no plenário do Supremo, Aécio Neves estava otimista e acreditava que escaparia da denúncia aceita hoje.

Dizia a interlocutores que seria reeleito senador e, para tanto, contava com a ajuda de Antonio Anastasia — a quem havia convencido a candidatar-se a governador de Minas, com a ajuda de FHC e Geraldo Alckmin (outro que precisava do palanque tido como limpinho proporcionado por Anastasia).

Agora, como réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça, além dos oito inquéritos abertos contra ele no  STF, Aécio Neves dificilmente concorrerá à reeleição.

O mais provável é que tente uma vaga na Câmara dos Deputados, a fim de manter o foro privilegiado — se é que o foro sobreviverá a um STF com maioria disposta a varrer do mapa os políticos enredados com a Justiça.

A esta altura, porém, não há garantia alguma de que Aécio consiga até mesmo uma cadeira na Câmara que já presidiu.