Na Assembleia Geral da ONU, Jair Bolsonaro dedicou um bom tempo do seu discurso à questão indígena.

“Hoje, 14% do território brasileiro está demarcado como terra indígena. Mas nossos nativos são seres humanos como qualquer um de nós. Eles querem e merecem usufruir os mesmos direitos que todos nós”, afirmou.

Bolsonaro criticou o líder indígena Raoni Metuktire e acusou outros países e ONGs de tentarem manipular o debate sobre o assunto.

“A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobras de governos estrangeiros para reforçar seus interesses na Amazônia”, disse o presidente. “Algumas pessoas no Brasil, apoiadas por ONGs, teimam em manter e tratar nossos índios como homens das cavernas.”

Segundo Bolsonaro, parte da imprensa nacional e estrangeira “insiste em fazer dos povos indígenas do Brasil uma reserva de mercado sem fim, atendendo a interesses estrangeiros de países que enxergam no Brasil uma colônia, sem regras e sem soberania”.

Bolsonaro ainda citou a índia Ysani Kalapalo, que o acompanha na Assembleia Geral da ONU, como exemplo a ser seguido, pois “goza da confiança e do prestígio da liderança indígena”. “Acabou o monopólio do senhor Raoni”, afirmou.