O desembargador Fernando Foch proferiu o quarto voto a favor do impeachment de Wilson Witzel no julgamento final do processo.

Disse que as provas do processo permitem concluir que a gestão do governador afastado “se deixou envolver por verdadeiras quadrilhas que tomaram de assalto a coisa pública”.

“Restou claro que setores na máquina administrativa foram loteados entre Mario Peixoto, Pastor Everaldo, Edson Torres e José Carlos de Mello, que a controlavam por setores de influência, ocupando cargos comissionados, de sorte que seus ocupantes direcionavam contratações sistematicamente superfaturadas, para divisão do que resultasse dessa malversação do dinheiro público, entre desde o governador até aquele que exercia influência na administrador, Pastor Everaldo”, afirmou.

Witzel é acusado pela reabilitação da organização social Unir Saúde, para gestão de hospitais públicos, e pela contratação do Iabas, outra OS, para construir e gerir hospitais de campanha.

Investigações da Polícia Federal — que levaram Witzel a ser denunciado por corrupção, lavagem e organização criminosa — apontam que as duas entidades falhavam na entrega dos serviços e pagavam propina para manter contratos com o governo estadual.

Para a destituição definitiva de Witzel, são necessários 7 votos entre os 10 integrantes do tribunal misto, formado por cinco deputados estaduais e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.